segunda-feira, 14 de março de 2011

Socialização...

Buenas camaradas, gostaria de compartilhar uma relatoria de uma análise conjuntural feita no final do ano passado... Sucinta, e vale a pena ler.





Análise da conjuntura política e os desafios da classe trabalhadora - Gilmar Mauro

(USP, 01.12.2010)


Situação atual:

1- Caráter desenvolvimentista do governo. Há espaço (reservas) para crescimento e desenvolvimento econômico.

2- Para a classe trabalhadora é possível haver avanços, mas com contradições. Por exemplo, há uma perspectiva concreta de ataque sobre a previdência.

3- A direita e a burguesia seguirão tentando criminalizar os movimentos e as lutas sociais, e legitimar a repressão.

4- A fragmentação no movimento ainda é grande, fruto de um tempo histórico de refluxos e dificuldades. Há um processo de perda de identidade de classe, com a fragmentação e superexploração do trabalho e atomização da classe. Este não é um tempo de lutas massivas.

5- As organizações não estão dando conta taticamente de organizar e unir a classe. Estamos enfraquecidos. Temos de ser humildes, não podemos ser arrogantes. Precisamos ter claro que é necessário acumular forças, nos prepararmos. E não achar que já estamos preparados.

6- É necessário ressignificar a reforma agrária. Não tem como competir com o agronegócio. O desafio é discutir com a população, com o conjunto da classe, qual é o uso que queremos dar à terra, que tipo de comida queremos comer, e se queremos preservar a natureza ou não.


Desafios para o próximo período:

1- Evitar o isolamento.

2- Avançar no que puder em conquistas sociais.

3- Politizar as lutas, casar as lutas econômicas com as lutas políticas .

4- Investir na formação política e ideológica.

5- Inserção nas massas populares e no proletariado. (Temos de estar bem preparados para enfrentar a crise, quando ela vier, caso contrário a crise pode resultar em retrocessos para a classe).

6- Recuperar a unidade e a capacidade de confiança política na esquerda. (Isso depende da ação concreta e de haver um projeto comum).

7- Recuperar a capacidade de planejamento. (Sem isso, viveremos no conjunturismo).

8- Ter um projeto revolucionário de fato. Não ter apego a programa. O programa tem de ser casado com a luta concreta. (Em política o determinante é a força, é a massa).

9- Pensar novas formas organizativas, para dar conta de uma classe atomizada.




Abraços

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